A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) em manter o mesmo preço mínimo da uva em R$ 0,92 centavos para próxima safra causou muita indignação e por isso merece todo nosso repúdio. O governo não atendeu a nossa reivindicação apresentada na reunião de novembro, que era de R$ 1,30 ao quilo, conforme apontou o custo de produção levantado pelos sindicatos.
É uma decisão que demonstra claramente que o governo não tem a mínima consideração e respeito com os produtores de uva.
Com essa atitude o governo desestimula a produção, provoca desânimo, insatisfação e insegurança em relação ao futuro da vitivinicultura e da permanência do jovem no meio rural.
O produtor precisa e merece ser reconhecido e recompensado de forma justa pelo seu suor e trabalho.
Não é pagando centavos pelo quilo da uva que se estimula a produção e se proporciona uma vida digna a essas milhares de famílias.
A perdurar o atual cenário vivido pelos produtores de uva, o futuro do setor será a decadência cada vez maior da produção e o abandono dessa centenária atividade, que desde a vinda dos imigrantes, foi a base da sustentação dessas famílias.
Não bastasse à falta de sensibilidade do governo, algumas indústrias do setor vinícola mal intencionadas e gananciosas, no intuito de sempre tirar vantagem própria e explorar mais uma vez os produtores, estão espalhando pavor com comentários sem fundamento em relação ao preço.
Portanto, alerto os produtores de uva:
Que não vão na onda desses comentários tendenciosos e sem fundamento.
Que a safra será bem inferior à do ano passado.
Que já existem empresas a procura da uva.
Que a uva desse ano deverá ser de excelente qualidade.
Que não se precipitem e não negociem a qualquer preço.
Que busquem informações junto ao STR, que disponibiliza os dados de comercialização e estoques de vinhos e sucos.
Que o STR está junto com os produtores e como sempre não medirá esforços no sentido de evitar que os produtores de uva sejam mais uma vez prejudicados.